quarta-feira, junho 28, 2006

Não se sabe...

Ele passava enquanto ela observava algo estranho. Não conseguia detectar o que era.
Fez perguntas, fez brincadeiras, cantarolou e nada.
No caminho, ela lembrava do sol, do mar, das pedras, do cão, do sorriso e do olhar.
O dia estava quente. E com a mesma brevidade que seu coração esfriou, a noite assim se fez. Ela pensava nessa coincidência constante.
O percurso era curto. Havia muitas pessoas nas ruas.
De longe, quadros numa feira de artesanatos. Um chamou a atenção da moça. Era a pintura de um cavalo distorcido. Ela nunca tinha imaginado algo daquele jeito.
A lua, que sempre os encantara, se escondera. O som das ondas também se omitiu.
Nos ouvidos dela, apenas a vontade de sentir a respiração dele.
Nos pensamentos dele, só o tempo dirá.
Ela queria tirá-lo daquele lugar. Queria levá-lo para longe, para um lugar inesquecível. Talvez uma montanha, um local frio, um bom vinho e só eles dois.

Entraram numa casa. Havia apenas uma meia luz. Era bem agradável e bonita. A música ambiente estava ótima e a comida também.
As pessoas exibiam suas belas roupas, celulares e tudo o que o dinheiro podia oferecer.
Ela sentiu uma alegria súbita, inexplicável. E um grande nervosismo também. Ele estava tenso, ansioso.
Distanciaram-se e fizeram amizades. Era bom que isso acontecesse.
Distanciaram-se mesmo.

Um grupo conversava sobre projetos sociais. Outro sobre as “nights” em algumas boates do Rio de Janeiro e até micaretas! Outro, sobre Psicologia e o projeto de mestrado de um deles. Mais um falando de música, novas bandas, bons instrumentistas, aparelhagem de som. Um ambiente eclético e democrático.

A noite foi longa. Porém, para ela, nunca terminou.

O dia seguinte amanheceu ensolarado. Aproveitaram a praia. Andaram de bicicleta. Cumpriram com suas obrigações. Uma música surgia na cabeça dela... “É chegada a hora de se largar...”. Na dele, mais uma vez, não se sabe.
Sentaram num café e ali ficaram cada um com seu silêncio e a folhear os livros.

sábado, junho 24, 2006

Hã, hã?!

"Alguém já utilizou ou está utilizando o método etnográfico em uma investigação cuja perspectiva teórica é pós-estruturalista de inspiração foucaultiana?"

Entedeu? Nem eu!

Por hora, fico a puxar os cabelos, preocupada em elaborar as questões para a prova, apertando o dane-se, indo pro Circo e sendo feliz!

quinta-feira, junho 15, 2006

Ele sabe...

"Hoje não dá, hoje não dá
Está um dia tão bonito lá fora
Eu quero brincar!
Mas hoje não dá, hoje não dá
Vou consertar minha asa quebrada e descansar!"

Te amo, moço!

sábado, junho 10, 2006

Presente

Uma cena: uma moça, linda e morena, andando nos lacônicos labirintos das ruas,
perplexa em meio a uma chuva plácida, onde a brisa se mistura e leva suas lágrimas.
Tende ao sereno noturno porque a tarde já se vai e a sombria e nebulosa claridade também.
Um momento de quadro, uma exposição presunçosa de um sentimento que não prescinde.
Então volta, pelo caminho que não veio, entretanto, ainda sente a mesma necessidade de quando foi.
Sua capa escura protege seu rosto da água e no sentir que jaz de seus olhos; o retorno é austero e límpido quando a chuva já ameniza; um sereno que esboça o sorriso no rosto, perto da esquina de onde não veio; a cruz das ruas se desfaz e uma saída se ilumina à luz lunar; evade-se o imo e segue, ela, sem olhar para trás.
Silêncio de paz, no decorrer d'água da chuva que morre no chão, naquela passada rua.

O furo no círculo.
01-05-06.
Por Antonio.

quinta-feira, junho 01, 2006

Últimos dias

Desde de domingo, meus dias têm sido corridos.
Tão corridos que até hoje, quinta-feira, não fui a uma aula na faculdade. Não sei se rio ou choro!
Segunda até que foi tranqüilo. Perdi aula de Filosofia, tive rpg. E em vez de estudar, fui na Camilla só para comer torta de amendoim...
Terça eu não consegui acordar para aula. Passei a “manhã” (entre aspas mesmo porque acordei pra lá das 10) tensa com o show dos meninos. Fiz um samba no meu horário pra chegar em Laranjeiras às 17h, pois ficaria uns 20 minutos vendo a passagem de som e depois voaria para o Villa Lobos para assistir uma única aula. O samba ficou ótimo, pena que os meninos não estavam no horário pra passar o som... Aí tive que usar uma música de relaxamento para ocupar o tempo que não fiz nada. Ainda bem que eu descansei, porque eu estava tão nervosa que quando fui pegar o metrô do Villa para casa, fui pro sentido zona norte. Tive que descer e pegar outro trem.
O que compensou foi o show, né... Estava muito feliz. Acho que era a mais fã e a mais animada. Pelo menos me senti assim.
Nada de aula quarta... Corri para almoçar, corri para encontrar minha mãe, corri para terminar de ler meu Manifesto, corri para aula, corri para casa, corri para cama!
Hoje, somente hoje, fiquei no meu ócio, com minhas músicas, meus exercícios de violino, com meus pensamentos.
Eu fiquei metade do meu dia sentada pensando muito. Cara, a vida é muito doida!
Nesses pensamentos, analisei o que me dá mais prazer. Peguei um papel e enumerei, não necessariamente por ordem de preferência:
- Estar bem com a minha mãe
- Não me enrolar com os textos da faculdade (quase impossível...)
- Ouvir música e dançar na frente do espelho (ok, bizarro, mas eu faço isso mesmo! Quem nunca fez?)
- Ficar em casa conversando com a Camilla. É muito engraçado!
- Roda de violão (ultimamente mais a que o Jr esteja tocando, porque tem as músicas que eu gosto. Rs).
- Parar em um bar e jogar papo fora com qualquer pessoa. Delííícia!
- Comer pão de queijo, muitos. Bolinha de queijo bem gordurosa entra.
- Caminhar pela praia, parar na beirinha do mar e senti-lo nos meus pés, nas minhas pernas.
- Receber mensagens de texto no celular. Ôôô felicidade!
- Surpresas
- Ir a shows
- Programas “Zuluzais”.

É assim que eu gosto dos meus dias. São coisas simples. É só fazer algum desses que estou bem. Isso não deve acontecer só comigo.E, no entanto, a gente está sempre reclamando de algo. Vai entender! Queremos mais e mais. Colocamos sempre um ponto negativo nas situações.
Arrumei mais um exercício para me melhorar: quando estiver triste ou chateada, vou lembrar dessas coisas simples. Vou tentar fazê-las e esquecer da tristeza. Já sabia disto, mas é difícil cumprir, porém, não impossível!

Obs: Não consegui terminar de ouvir as músicas que estão mo meu computador. Precisarei de mais um dia como hoje. Eba!
E viva o incenso de canela!

Artista é o caralho!

Olha a chuva!

Jurema, Jurema!