sexta-feira, setembro 29, 2006

Nunca gostei tanto de um conceito: E+

“Desejo-lhe os dias que me proporciona.
Desejo-lhe a paz que me passa.
Desejo-lhe o olhar que me fita.
Desejo-lhe os sorrisos que me arranca.
Desejo-lhe a cumplicidade que tem por mim.
Enfim, desejo as melhores coisas que um ser pode receber e que, felizmente, você me presenteia todos os dias.”


E mais uma vez você esteve comigo, segurou minhas mãos tão trêmulas, conteve meu olhar hesitante, me fez buscar o ar que já não mais encontrava. Foi dolorido, mas você estava ao meu lado. Obrigada!

quarta-feira, setembro 27, 2006

É...

"...pode-se fazer a seguinte generalização acerca dos homens: são ingratos, caprichosos, mentirosos e embusteiros, fogem do perigo e são, ainda, ávidos de vantagens"
Nicolau Maquiavel (1469-1527), filósofo-político.

terça-feira, setembro 26, 2006

Comidinha da mamãe

A comida das mães são as melhores,
pelo menos da minha...
Desconfio que haja um ingrediente,
só delas,

Que deixa o carinho no sabor.

É difícil descobrir como fazem
Tal façanha.
Não necessita de requinte
Só pouca habilidade.


Nutrir-se por seus cuidados
é ter o deleite,
é se sentir agraciado,
é perceber que alguém
realmente zela por você.


Elas são como a fêmea da família,
disposta a proteger os filhotes
de qualquer maneira,
alimentá-los,
ensiná-los
e permitir que sigam seus cursos.


É o afeto mais verdadeiro
Sem pretensão.


Eu amo a minha e sua comidinha!

Chegou...

Era de se esperar que o terrível estava por vir.
Realmente estava feliz das minhas expectativas não estarem erradas.
E seria esquisito o desastroso se omitir.
Pois bem: hoje vi o primeiro filme horrível do Festival do Rio.
Fui ao cinema cheia de expectativa para uma boa trama. Troquei a chuva e a coberta por poltrona e ar condicionado, apesar de saber que cinema é bom e festival idem.
Tomei um chá de cadeira.
Uma grande fila.
Um curta medonho.
E assisti a um filme chinês, Sonhos com Shanguai, passado na década de 60, quando o governo decide incitar famílias a partirem para o interior afim de levar o desenvolvimento. Belo tema, não?
No entanto, pouco assunto explorado para muitos minutos.
A cada movimento dos personagens, o ângulo era o mesmo por, no mínimo, quarenta segundos.
Pouca abordagem política.
O mesmo cenário por muito tempo.
Ok, ok, "o autor quis retratar como realmente era chato viver lá". Eu não tenho nada a ver com isso!
Entediante.

To irada até agora.
Vai ser ruim lá na China!
(Não contive a piadinha...)

domingo, setembro 24, 2006

Zombeteiro

O pensamento está longe
E a impossibilidade do meu
Cruzar com teu é tão grande.

Acredite que mal não farei
Nem lembrarei da minha humilhação fatídica.
Mas deixem meu platonismo
E não zombem da minha insegurança!

Chega a hora de encontrar o sol
E a ele entregar meu coração...

Quem sabe consiga esfriá-lo
Este que já "não bate nem apanha".

Não sou feita de aço.
Já pensei se não sou a mais carinhosa,
a mais ciumenta,
a mais mimada,
a mais carente,
a mais amante.

Não. Foi-se o tempo.
E o tempo? Volta?
Serve pra corromper.
A volta é um deslize.
O sofrimento é inerente
A mim.

sexta-feira, setembro 22, 2006

Deslize

Preciso de outro corpo.
Melhor, preciso de outra mente.
Não, não, talvez a solução seja outros sentimentos.
Eu queria pegar um trem daqui pra lá longe, sentar num banco de uma daquelas praças repletas de crianças que brincam sem saber da hora, do dia, do motivo, do mundo, do outro.
Eu queria me sujar de terra como quando brincava de casinha e colhia as frutinhas das plantas e colocava naquelas panelas pra preparar o almoço das minha bonecas.
Ou queria, agora, simplesmente sentir a água do mar entre os meus dedos, esfriando o meu corpo e purificando minha alma.
Queria não mais me preocupar se fui boba, se não atingi minhas metas, detectar meus erros.
Quem sabe, parar de pensar. Parar de querer.
Não!
Preciso de ilusões pra viver. Quer dizer, não preciso delas, mas quando existem as fantasias, meu mundo fica mais colorido.
Eu quero colorir o mundo dos outros. Só que erro. Errei.
Preciso me libertar.
Eu tenho que aprender a não ser fraca.
Onde largo a timidez? Por favor, aonde?
Eu olho pros outros e não vejo insegurança. Será?
Tudo é tão fácil.
Ah, "que seja eterno enquanto dure"!

terça-feira, setembro 12, 2006

Perdição da vida minha!



Lua adversa - Cecília Meireles

Tenho fases, como a lua.
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!

Não me encontro com ninguém
(tenho fases ,como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

sábado, setembro 02, 2006

Uma questão

Odeio a hipocrisia... Trabalho a minha para não me igualar aos outros.
O temperamento, tolero.
Foda-se.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Fazendo hora

Prece cósmica

Que os 4
como num teatro
conservem a mão
sem nenhum
gesto que o vinho quente
do coração
lhes suba à cabeça
espessa
que do bolso de
cada um dos
4
como num teatro
voem
pombas(pombas
brancas
...e amanheça).


Composição: João Ricardo - Cassiano Ricardo
Secos e Molhados

Em homenagem ao show do Los Hermanos, com participação de Ney Matogrosso, que eu não fui. E a minha amiga Maíra, que ama os dois.