Um ovo
Dois ovos
mexidos
no azeite
azedo.
Farei um omelete
pra digeri-lo logo
e sair de mim!
Sai!
Pra me amolecer, comece da estaca zero!
quarta-feira, julho 25, 2007
terça-feira, julho 17, 2007
Rock'n'roll
Tentando tentar
dizer não dizendo
porque gosto do dito não-dito
dito pelo olhar que não entendo
e que não me olha.
Deito no gelo da cama
da fria noite fria
e me cubro de versos espalhados
embaralhados
perdidos
ouvindo vozes que não me falam
Verdades ilusórias
inventadas por mim
pra mim
que murmuro em meu ouvido
num estouro fugaz
Pela janela,
no fundo do chão
em cima da cama fria
num corpo frio
e outras leituras
de um olhar.
"Só a noite é que sabe que a vida não tem jeito
Que pro escuro de um poema
Qualquer ganido é bom pretexto"
dizer não dizendo
porque gosto do dito não-dito
dito pelo olhar que não entendo
e que não me olha.
Deito no gelo da cama
da fria noite fria
e me cubro de versos espalhados
embaralhados
perdidos
ouvindo vozes que não me falam
Verdades ilusórias
inventadas por mim
pra mim
que murmuro em meu ouvido
num estouro fugaz
Pela janela,
no fundo do chão
em cima da cama fria
num corpo frio
e outras leituras
de um olhar.
"Só a noite é que sabe que a vida não tem jeito
Que pro escuro de um poema
Qualquer ganido é bom pretexto"
quarta-feira, julho 11, 2007
domingo, julho 08, 2007
Porvir
Adiamento
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã…
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não…
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico…
Esta espécie de alma…
Só depois de amanhã…
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte…
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos…
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã…
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro…
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã…
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda
a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha
infância…
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital…
Mas por um edital de amanhã…
Hoje quero dormir, redigirei amanhã…
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo…
Antes, não…
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca
ser.
Só depois de amanhã…
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã…
Sim, talvez só depois de amanhã…
O porvir…
Sim, o porvir…
Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã…
Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã,
E assim será possível; mas hoje não…
Não, hoje nada; hoje não posso.
A persistência confusa da minha subjetividade objetiva,
O sono da minha vida real, intercalado,
O cansaço antecipado e infinito,
Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico…
Esta espécie de alma…
Só depois de amanhã…
Hoje quero preparar-me,
Quero preparar-me para pensar amanhã no dia seguinte…
Ele é que é decisivo.
Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos…
Amanhã é o dia dos planos.
Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o mundo;
Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã…
Tenho vontade de chorar,
Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro…
Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo.
Só depois de amanhã…
Quando era criança o circo de domingo divertia-me toda
a semana.
Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha
infância…
Depois de amanhã serei outro,
A minha vida triunfar-se-á,
Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático
Serão convocadas por um edital…
Mas por um edital de amanhã…
Hoje quero dormir, redigirei amanhã…
Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância?
Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã,
Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo…
Antes, não…
Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei.
Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca
ser.
Só depois de amanhã…
Tenho sono como o frio de um cão vadio.
Tenho muito sono.
Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã…
Sim, talvez só depois de amanhã…
O porvir…
Sim, o porvir…
quarta-feira, julho 04, 2007
Se é que existe um
Contradições: eis o princípio do amor
"Posso te falar que tenho medo,
mas vivo a sorrir.
Posso dizer que a esperança não morre,
apesar de matá-la dentro de mim.
Que eu ando divertindo gente...
Chorando ao telefone...
Posso te falar que tantas vezes caminho pelo escuro
e de repente fico cega com a luz que vocês me trazem.
A verdade é que tento me proteger numa cápsula
e me escondo do amor das pessoas.
E, incoerentemente,
Exponho meu modo, me mostro.
Sempre fiquei a prestar atenção no que você ouve
faz
é.
E acho chata as nossas diferenças.
Só que elas existem e pronto.
E eu te amo pra dedéu!"
mas vivo a sorrir.
Posso dizer que a esperança não morre,
apesar de matá-la dentro de mim.
Que eu ando divertindo gente...
Chorando ao telefone...
Posso te falar que tantas vezes caminho pelo escuro
e de repente fico cega com a luz que vocês me trazem.
A verdade é que tento me proteger numa cápsula
e me escondo do amor das pessoas.
E, incoerentemente,
Exponho meu modo, me mostro.
Sempre fiquei a prestar atenção no que você ouve
faz
é.
E acho chata as nossas diferenças.
Só que elas existem e pronto.
E eu te amo pra dedéu!"
segunda-feira, julho 02, 2007
Eu brincava muito na praça
de balanço e gangorra
pique-alto e esconde-esconde.
Eu quase não brinco na praça
mas quero passear por lá
de curiosidade.
Brincar de pique-pega
e salada mista!
Praça
de balanço e gangorra
pique-alto e esconde-esconde.
Eu quase não brinco na praça
mas quero passear por lá
de curiosidade.
Brincar de pique-pega
e salada mista!
Praça
domingo, julho 01, 2007
Amargo doce vinho
Meu corpo histérico
Silencia meu eu oval
a ouvir a onda que quebra na praia...
Não preciso ser um passarinho
se eu tenho a máquina,
o avião.
Essas coisas de números diferentes!
O corpo está berrando...
quer um samba pra me aquecer
quer falar coisas sem nexo,
quer viver sem nexo,
me faz sair escrevendo coisas sem nexo.
Este corpo está histérico, imprevisível,
ansioso e a mão não pára!
Se balança em círculos e rabisca
besteira.
Minhas unhas derretem.
Desbota a cor,
lambo o sangue.
E não que mais falar nada!
Silencia meu eu oval
a ouvir a onda que quebra na praia...
Não preciso ser um passarinho
se eu tenho a máquina,
o avião.
Essas coisas de números diferentes!
O corpo está berrando...
quer um samba pra me aquecer
quer falar coisas sem nexo,
quer viver sem nexo,
me faz sair escrevendo coisas sem nexo.
Este corpo está histérico, imprevisível,
ansioso e a mão não pára!
Se balança em círculos e rabisca
besteira.
Minhas unhas derretem.
Desbota a cor,
lambo o sangue.
E não que mais falar nada!
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