domingo, janeiro 20, 2008

Conseqüencias do "sem"

Poderia ver diversos filmes de amor, nos quais o fim sempre dá certo, para que, ao acabar, possa rir por saber que tudo aquilo é apenas ficção.
Poderia sair por aí, me distrair com as expressões das pessoas e especular o que elas pensam.
Talvez ficasse a buscar razões que expliquem o motivo dos bebês serem a coisa mais linda e graciosa do mundo.
Passaria meu tempo analisando que tempo é esse que levo para pensar sobre ele mesmo e o que isso acarreta no meu próprio tempo.
Levantaria questões existenciais que nada significam perto do pragmatismo da vida.
Leria os livros obrigatórios - que todo mundo leu - que não li.
Poderia virar muitos copos ou beber todo bar.
Quem sabe usaria drogas para ter alucinações.
De fato, poderia agir e pensar tanto. Poderia muito.
Mas me encontro num estato deplorável de inércia, onde nada existe concretamente - nem ações, nem imaginações ou alucinações. O que existe é a vontade quase inconseqüente de uma expressão que não se expressa e que, absurdamente, se esconde por não saber agir. São pensamentos concretos que não se exprimem por não saberem como fazê-lo.
De incertezas e falta de atitudes vivo, estando certa de que sentimentos de amor e dedicação estão prestes a fugir por algum lugar.

Um comentário:

Felipe Coelho disse...

Tudo vai escorrendo tão devagar, e nem assim podemos evitar.