sexta-feira, agosto 11, 2006

A vida como ela é

Ela era baixa, com contornos bonitos e bem delineados. Sua pele era clara, tão clara, quase da cor da neve. Os cabelos escorriam pelos ombros, encobrindo seu colo, com bastante delicadeza.
Os olhos miúdos, levemente puxados, escondiam uma sutil tristeza. Seu sorriso era radiante, capaz de energizar quem o recebesse. No entanto, quase não sorria.
A sua mente era um caldeirão de idéias. Reservatório do saber. E não aproveitada tal virtude somente para si. Abnegava-o em prol de seus ‘amigos’.
Uma vez adentrou um salão de festas como se previsse uma novidade. Uma sala ampla, de teto altíssimo, chão de mármore, paredes claras com detalhes em dourado. Castiçais espalhados.
Um som eletrônico... Em seguida, uma voz a cantarolar.
As frases eram belas e soavam como uma piada.
Um susto. Surgiram as cordas: celo e violino.
A base eletrônica era a mesma, enquanto as cordas brincavam entre si, com a melodia e a letra.
Num instante, fez-se sol. A moça sorria. Gargalhava.
Bateria e guitarras completavam os violinos e celos, a voz e a batida eletrônica.
A donzela deslizava pelo salão de braços abertos, com boca e ouvidos a sorrir, a inventar passos.
O coração abrigava os violinos. E explodia junto a eles a cada arcada que sucedia.
Pela bateria, saltava a ira de seus olhos.
As idéias estavam em alvoroço pela guitarra estridente.
Que explosão!
A menina era a harmonia daquele salão.
E dançava, e pensava, e ria.
Êxtase.
Por você...Por você...

5 comentários:

Anônimo disse...

Sabia que vc tinha um Q lésbico!





te amo amiga!

THORPO disse...

Ser a harmonia... nem que por apenas alguns momentos.

Anônimo disse...

e essa pessoa existe?

Anônimo disse...

ATUALIZA PORRA!

Anônimo disse...

Olha aqui o viada, atualiza essa coisa bicha! Ui! Caralho ! ah (dando um tapa ma cara)